segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Artista

O ARTISTA



The Artist (conhecido no Brasil e em Portugal como O Artista) é um filme mudo com produção francesa e belga de 2011, do gênero Comédia romântica e Drama, e que conta a história de um ator em declínio e uma atriz em ascensão enquanto o cinema mudo sai de moda, sendo substituído pelo cinema falado e se passa em Hollywood entre os anos 1927 e 1932. O filme foi dirigido por Michel Hazanavicius, com um elenco composto por Jean Dujardin, Bérénice Bejo, James Cromwell, Missi Pyle, Penelope Ann Miller e John Goodman.
O filme estreou no dia 15 de maio de 2011 em competição no Festival de Cannes. O diretor Michel Hazanavicius sempre fantasiou em fazer um filme mudo durante muitos anos porque muitos dos cineastas que ele admira vieram dessa era, e por causa da natureza predominante da imagem no formato. De acordo com o diretor, seu desejo de fazer um filme mudo não foi recebido de forma séria inicialmente, porém depois do sucesso de OSS 117: Le Caire nid d'espions e OSS 117 : Rio ne répond plus, produtores começaram a expressar interesse. A versão francesa do filme foi regularmente lançada em 12 de outubro de 2011 através da Warner Bros França. A Weinstein Company comprou os direitos de distribuição para os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. O filme foi lançado no Brasil em 10 de fevereiro de 2012.

Prêmios e Indicações:

The Artist foi aclamado pela crítica mundial, e venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, onde o filme estreou. Recebeu seis indicações ao Globo de Ouro, e venceu em três categorias, Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Jean Dujardin). Em janeiro de 2012, o filme foi nomeado para doze BAFTA e dez Oscar tendo ganho cinco, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Jean Dujardin. Foi o primeiro filme mudo a ganhar o Oscar de Melhor Filme desde Asas em 1929, o primeiro filme apresentado na proporção de 4:3 para ganhar o Oscar de Melhor Filme desde de Marty em 1955, e a primeira comédia a ganhar o Oscar de Melhor Filme desde Shakespeare in Love em 1998.

CRÍTICA:

Se tem uma palavra que pode resumir o filme O Artista, essa palavra é ousadia, sim porque em plena era dos filmes digitais e repleto de efeitos visuais, esse longa filmado em preto e branco e ainda mudo, tinha tudo para ser um fracasso, mas desde sua primeira exibição em Cannes que o filme vem adquirindo mais e mais admiradores - e não é para menos o filme é uma linda e inesquecível homenagem ao cinema de antigamente realizado por Hollywood dos anos 20.
A história gira em torno da vida de George Valentin, o interprete número um de Hollywood no tempo do cinema mudo. Seu sucesso era inegável e seu carisma garantia sessões lotadas. Certo dia, ele se esbarrou acidentalmente com um fã incondicional e com ela termina sendo capa do jornal. Ela, Peppy Miller, estava tentando começar uma carreira e com a ajuda dele consegue um primeiro trabalho. O mundo começou a mudar e com o avanço tecnológico, os filmes passariam a ter reprodução de vozes, o que para George era um absurdo e novidade pela qual ele recusou adaptar-se. Seu sucesso vai se esvaindo e sua alegria de viver se perde com ele. Peppy por sua vez, teve, com essa mudança a grande chance de sua vida, mas nunca ela deixaria de ser grata ao homem que lhe ajudou e por quem ela sempre teve uma paixão.
O roteirista e diretor Michel Hazanavicius circula sobre referências a filmes como Cantando Na Chuva e Cidadão Kane. Michel Hazanavicius se mostra um grande conhecedor da era de ouro do cinema e nos entrega uma direção majestosa. Ele sabe exatamente o que fazer para nos entreter e consegue claramente passear entre diversos gêneros, sendo cômico, triste e aventureiro no tempo certo. A metalinguagem é usada com maestria e dizer que tiveram toda cautela com os aspectos técnicos é pouco. Está tudo ali! Aos seus olhos e nada precisa ser dito para que o sentimento recebido seja o mesmo. A fotografia do filme é esplêndida e ambientação é feita nos mínimos detalhes. A direção de arte é demais e trabalha em sintonia com o figuro. Até momentos que não são de filmes mudo fazem parte do longa, mas estes são aplicados com maestria e em situações chave.
Além disso a trilha sonora parte fundamental de um longa-metragem mudo é uma obra de arte, Ludovic Bource que ganhou o Globo de Ouro mostra a perfeita sintonia com a proposta de Hazanavicius e cria verdadeiros "diálogos sinfônicos" que ao ser visto junto das lindas cenas diz mais que qualquer palavra, realmente maravilhosa trilha.
E o que dizer do elenco, que primor, todos estão excelentes, dos protagonistas as participações especiais maravilhosas de uma hollywood antiga.
Bérénice Bejo que faz Peppy Miller mostra uma doçura maravilhosa com seus trejeitos e trabalho corporal realmente explícitos, não é a toa sua lembrança como melhor atriz no Oscar.
Mas o grande nome sem dúvida é Jean Dujardin, que trabalho fora de série desse ator, fiquei totalmente fascinado por cada cena que ele realiza, sua composição é tão perfeita que parece que estamos vendo um filme filmado em 29, tal é a sua postura e caracterização. Duas cenas são dignas de Oscar falem citar, a da areia movediça e a primeira cena entre ele e a Peppy Miller no filme durante o baile em que há varias repetições simplesmente genial sem contar a cena que ele tem o pesadelo que é fora de série. Arrisco dizer que até o momento é o meu favorito total ao melhor ator no Oscar desse ano.
Antes de terminar vale ressaltar o maravilhoso roteiro que soube muito bem brincar com a transição dos filmes mudos para falados e de forma perfeita nos leva aos anos 20/30 com maestria pouco vista nos tempos atuais.


Nota no IMDB: 8.2

Nota do Blog: 9/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário